Uma novidade é o piso ecológico Play 50, desenvolvido pela Aubicon, uma empresa de Extrema, no Sul de Minas. Com 50 milímetros de espessura e um metro quadrado, a produção de cada unidade tira seis pneus do meio ambiente. O piso oferece redução de impacto para tombos de até 1,2m e é muito usado em playgrounds, haras e pistas de caminhada. O teste crítico de altura tem aprovação de acordo com as normas europeias. Por ser drenante, permite a passagem de água pelo próprio piso e entre as placas e ainda tem propriedades antiderrapantes.
Segundo Cássia Bretones, gerente comercial da empresa, uma criança que tiver uma queda de 1,2m de altura não sofrerá danos se o piso for Play 50. Já no haras, o uso visa evitar danos nas articulações dos animais, já que diminui o impacto no treinamento de equinos. Na Europa, é usado também para a otimização da criação de gado leiteiro. “Descobriu-se que o animal produzia mais leite se, ao ficar em pé e parado na ordenha, tivesse um piso confortável”, revela a gerente. A empresa já conta com muitas construtoras e arquitetos como cliente, principalmente para uso em playgrounds e academias de condomínios.
O processo de fabricação da placa leva 24 horas. Os grânulos de borracha recebem pigmentação e são batidos, indo, em seguida, para a forma, quando recebem um produto químico aglomerante e são prensados em alta temperatura. “Mas não há vulcanização, que é um processo que polui. Queremos um produto ecológico”, afirma Cássia. Até o fim do ano, a empresa pretende alcançar a marca de 1 milhão de pneus reciclados.
Isso só será possível porque a empresa usa a borracha de pneu em todos os seus produtos. O Play 25, existente há mais tempo, tem uso semelhante ao do Play 50, mas com espessura de 25 milímetros. Tem, portanto, menor capacidade de absorção de impacto e aplicação diferente, precisando ser colado no piso. O Duplo T é um piso intertravado, mais indicado para áreas arredondadas. A manutenção é outro ponto positivo, já que, para limpar, basta usar vassoura de cerdas médias, água e sabão. Pode ser utilizado jato de água movido a pressão, desde que seja com pressão moderada. Não se deve aplicar nenhum produto químico, que poderia descolorir o produto.
A Aubicon fabrica ainda mantas acústicas ecológicas. O produto deve ser aplicado na construção de edifícios, entre as lajes. Serve para evitar ruídos entre apartamentos. “O avanço da construção civil permite a montagem de lajes mais esbeltas e econômicas, porém mais sensíveis a ruídos de impacto. Nossas mantas acústicas são uma solução muito versátil para esse problema”, garante Cássia. Com a instalação da manta entre a laje e o contrapiso, cria-se um piso flutuante de sistema vibratório com amortecimento.
Áreas externas e de grande circulação podem receber o produto, que não se deforma com a colocação de peso sobre ele. O Play 50 é aprovado pelo Green Building Council, que atesta não só o produto como o processo de fabricação limpo. O reconhecimento se une ao preço como atrativo. Enquanto o metro quadrado custa R$ 127, os concorrentes importados têm valores entre R$ 300 e R$ 400. A gerente comercial da Aubicon, Cássia Bretones, afirma que o processo de fabricação é totalmente ecológico. “Leva apenas um dia e não polui a natureza.” Segundo ela, o Play 50 está sendo muito procurado por construtoras e arquitetos, de olho na construção sustentável.
A arquiteta Andréia de Paula optou pelo produto na obra de um espaço lúdico de 2 mil metros quadrados no Colégio Santa Doroteia. “Fiz pesquisas, comparei com outros produtos e escolhemos o Play 50 da Aubicon. É um produto de qualidade, com boa garantia e assistência técnica”, diz.
Áreas públicas de grandes circulação, museus e creches também podem receber o produto, que não se deforma com a colocação de peso sobre ele. As características originais são preservadas. Indicado principalmente para áreas externas, oferece segurança, conforto e é considerado um piso de acessibilidade. Sua colocação é simples, podendo ser instalado sobre berço de pedrisco ou apoiado sobre contrapiso.
A instalação exige uma mão de obra capacitada e é preciso manusear as placas com as mãos limpas, sem dobrá-las, o que às vezes pode ocorrer se o funcionário carregá-la sobre a cabeça. O instalador deve considerar uma caída de 3% a 5% para escoamento das águas pluviais e os ralos não aparentes, para drenagem. Por se tratar de um material composto de borracha, é aceitável uma variação nas dimensões dos produtos em 1%, devido à sua retração e dilatação. Essa diferença deve ser ajustada no próprio espaçamento que deve ser deixado entre as placas.