Depois do tombo de mais de 20% nas vendas de residências novas na cidade de São Paulo de 2010 para 2011, a comercialização desses imóveis na capital paulista deve crescer, em2012, pouco acima da economia do país. A estimativa é do Secovi-SP (sindicato da habitação), que representa as construtoras, e indica que sejam vendidas, em 2012, cerca de 29,7 mil novas moradias na cidade, total 5% maior que o de 2011. No ano passado, foram 28,3 mil unidades, 21% menos que em 2010.
Só em fevereiro deste ano foram comercializadas 2.109 residências novas -97,5% mais que em janeiro e 12,8% mais do que 12 meses antes.
Já o ritmo de alta de vendas dos imóveis em fevereiro (de 10,3%), embora tenha sido o dobro do mês anterior, foi menor que o observado em fevereiro de 2011 (13,2%).
Na avaliação de Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, o mercado de SP não está saturado. "Não existe problema de demanda. Vivemos um ajuste para um ritmo de crescimento de vendas menor do que em anos anteriores [entre 2008 e 2010], porém mais saudável."
Mas, de olho no potencial de outros mercados, diversas construtoras de grande porte expandiram operações fora do Sudeste e, em 2011, como mostrou a Folha na semana passada, tiveram resultados fracos principalmente pela dificuldade na execução dos empreendimentos.
A pior situação foi a da Gafisa, que, no ano passado, teve prejuízo inicialmente divulgado em R$ 1,1 bilhão e, nesta semana, foi revisado para R$ 945 milhões. Ajustes contábeis jogaram parte das perdas de 2011 para 2010. (O Estado de São Paulo)